sábado, 28 de outubro de 2017

Outro texto para "esquentar" o II Sarau da Superação em Mogi Guaçu, SP, dia 01/11/17.

Olá, amigo(a) internauta!




Volto aqui mais uma vez com o intuito de "esquentar" o II Sarau da Superação que será realizado no próximo dia 01/11/17, na Biblioteca Municipal João XXIII, na cidade de Mogi Guaçu, SP, a partir das 14 h.


Abaixo seguem trechos do meu diário pessoal onde citei os primeiros sintomas do ex-tumor. Recentemente conversei comigo mesmo e decidi expô-los aqui. Talvez eles podem trazer algum significado para alguém.

Sei que muitas coisas sobre o ex-tumor se perdeu, pois na época eu ainda não levava o meu diário com seriedade. Mas, tudo faz parte do meu enredo vitorioso.

Conto com a sua presença no II Sarau, caso você more na região de Mogi Guaçu.

Boa leitura e fique e deixe o seu comentário, se assim desejar. Também sugiro que procure o Facebook da Biblioteca Municipal João XXIII de Mogi Guaçu para dar um "like". 



Relato do dia 04 de outubro de 2011

São 19 h e estou no infocentro. A temperatura baixou um pouco e o céu ficou bem nublado durante quase todo o dia. (...) Sai de casa agasalhado. Na rádio escutei a informação de que as linhas do Metrô superfíciais estavam mais lentas que as subterrâneas.

Marchei por inúmeras ruas, avenidas, etc. Quando eu estava perto da padoca que costumo frequentar naquela região, avistei uma feira. Mas decidi não comer pastel, pois ontem à noite, eu havia comido uma coxinha frita. Finda essa refeição matinal tranquilamente, pois eu havia saído cedo de casa. 

Na saída da padoca fui em direção à banca do jornal que está localizada num canto da entrada deste estabelecimento comercial. Ali como de costume olhei as manchetes do dia por um tempo qualquer.

Quando cheguei na entrada principal da unidade básica de saúde, fiz o que uma atendente havia me orientado a fazer na última vez que estive lá: pegar uma senha de papel.

Em seguida procurei um cadeira para sentar e aguardar para ser chamado pelo letreiro eletrônico.

Não demorou muito uma atendente chamou o meu número. Imediatamente me levantei. Só que uma senhora meio gágá que já havia sido atendida por outra colega, cortou a minha frente e começou a falar a mesma coisa que ela falou para a outra atendente. Só fiquei de olho, pois sabia que a outra funcionária foi em busca de informações. 

Não sei se a mulher estava equivocada ou faltava um parafuso, ela dizia que estava com uma consulta marcada com um médico. Mas nos cartões apresentados por ela não constava nenhum registro desse fato.

Na primeira pausa falei para a atendente que a outra colega dela já havia atendido àquela senhora. Em seguida, apresentei a minha guia e o meu cartão de saúde para a atendente.

Aí a minha interlocutora me questionou se eu já havido sido atendido lá? Eu respondi sim. Apesar de agora me lembrar de que é mentira, pois eu já fui atendido lá quando outra vez dor no meu estômago havia aumentado.

Após um tempo qualquer a moça me orientou a sentar novamente no mesmo local, pois eu seria chamado por outro rapaz que estava do lado. 

Como a distância entre as cadeiras e a mesas dos atendentes era pequena, escutei quando o rapaz, que estava com um "notebook" aberto, abordou outro paciente vizinho e anunciou que fazia uma pesquisa.

Quando o entrevistador me abordou, ele perguntou a minha idade. Depois de que forma eu havia chegado até lá, qual era a minha escolaridade e  qual era a minha profissão.

Depois que havia digitado os dados que forneci, o entrevistador me apontou um outro corredor que daria acesso a outra sala onde eu deveria esperar para ser chamado por outro funcionário novamente.

Eu me certifiquei com o meu interlocutor aonde eu deveria ir antes de me levantar. Quando olhei para a direção apontada, avistei uma televisão de tela plana ligada. Era naquele local que eu aguardaria mais um pouco.

Caminhei até lá. Depois sentei numa primeira cadeira. Mas depois mudei rapidamente para outra onde era mais iluminada, pois ela ficava de frente a uma sala que estava aberta. 

Ali havia algumas enfermeiras e atendentes estavam organizando os preparativos para as  coletas de exames. Um deles pelo que eu vi era para oftalmologista. 

De súbito, um senhor que havia chegado acompanhado por uma garota, acompanhou-a se dirigiram direto para uma das salas. Lá uma atendente pingou um colírio nos olhos da moça.

De repente, uma atendente me chamou. Fui em sua direção, porém ela me pediu para eu esperar no mesmo local onde eu estava, pois não havia local para eu sentar na antessala do médico. 

Então aproveitei para retomar a leitura do meu livro. Aliás, foi uma das coisas bem acertadas que fiz. Já que a leitura dele é difícil. Este é um tipo de livro que merece todo o cuidado e perseverança, do contrário posso até em desistir dele.

Algum tempo depois fui chamado novamente pela mesma atendente, só que desta vez fui conduzido para outro corredor. Lá ela pediu para eu sentar numa das cadeiras e aguardar. Ainda me tranquilizou dizendo que o médico me chamaria. Eu estava cercado de outros pacientes.

O médico atendeu alguns pacientes antes de chegar a minha vez. Uma atendente saiu de uma sala bem a minha frente e disse o nome do médico. E em seguida anunciou ao médico que o procedimento estava pronto e que ele poderia utilizar aquela sala. Vi na porta uma placa indicativa da sala de cirurgia.

O médico se dirigiu para lá e só saiu cerca de 15 depois. Quanto a mim mantive firme na leitura do meu livro e também fiz uma limpeza na minha mochila. Assim, organizei a minhas coisas para não carregar tanto peso.

Quando o médico retornou ao seu consultório atendeu mais dois pacientes antes de me chamar.

Quando entrei no consultório, o médico me perguntou o que acontecia. Expliquei tudo sobre o que estava acontecendo. O especialista ainda me perguntou se eu havia tido outros sintomas. Descrevi tudo o que podia a ele.

O médico me advertiu que se eu fosse fazer um exame de endoscopia pela prefeitura demoraria um ano em média. Ou, então, eu procuraria um centro médico  particular, lá os exames seriam feito rapidamente.

Eu respondia ao médico que eu faria os exames numa clínica particular, pois senão os meus pais não me perdoariam. Além disso, os preços que o médico havia me passado sobre a média desses exames aqui em Sampa é muito mais barato do que no Interior.

Na última conversa telefônica que travei com a minha mãe, ela me disse que lá no Interior que o preço cobrado por uma endoscopia era  de R$ 400,00. Em segredo, me lembrei durante a conversa com o médico que a minha mãe até já havia me depositado esta quantia em minha conta bancária.

Conclui que eu teria que ser responsável comigo mesmo para não sofrer. Ainda comentei para o médico que um ano é muito tempo. Ele concordou comigo e me alertou para o fato de que passei dos 40 anos, então não é bom empurrar a questão.

(...) Só que quando retornei ao balcão para agendar o retorno da consulta, à atendente em tom ríspido me informou que só dia 06/10 que seria aberto os agendamentos. E que a previsão de retorno seria em dezembro e não em 40 dias conforme o meu médico havia solicitado na minha guia. 

Vale ressaltar que esta mesma criatura foi a mesma que havia me negado a possibilidade de encaixar a minha consulta para mais cedo. O pior é que vem a minha mente que algumas pessoas disseram sim para uma coisa e ela disse não depois. Que coisa. Espero que limpem esta criatura do meu caminho, caso ela seja uma criatura maligna.


Relato do dia 21 de junho de 2011.

São 19h03 e estou no infocentro. A sala tem que sete usuários. Mas está calma. Não em os pirralhos. Acho que por causa do frio os pais não deixam os menores saírem. Olho pela porta de vidro e vejo que a noite já assumiu o seu posto.

A temperatura esta até elevada se comparada ao mesmo período da semana passada.

Eu estava acordado quando disparou o alarme do meu celular. Não tenho dormido direito esses tempos. Já até falei aqui que um dos problemas é a aquela dor no estômago. 



Relato do dia 12 de junho de 2011.

São 15h26 e estou na biblioteca do centro cultural. No começo do último relato registrei que eu não conseguia ouvir a Carmina Burana. Bem, então como é domingo a internet está mais fluída, consegui o que eu desejava.

Lá fora ainda tem um pouco de sol de inverno. Mas isso ajudou a atenuar o frio que tem feito nesses dias. Tem poucos usuários aqui dentro. Não passam de meia dúzia entre crianças e adultos. 

Acordei no mesmo horário de costume da semana. Se não é a dificuldade de dormir e aquela dor de estômago chata que aparece bem de madrugada para me perturbar.


Por último, se você, caro internauta, passou dos 40 e sente dores estranhas no teu estômago, não demore para procurar o seu médico.
Apesar da má fama e do desprezo que muitos nutrem pelo SUS, não tenho o que reclamar dos tratamentos que tenho tido lá até agora. Esta superação só foi possível graça qualidade técnica e profissional dos profissionais tanto do Hospital das Clínicas da USP São Paulo quanto do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).


Carlos Pinheiro.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Um texto para esquentar o II Sarau da Superação na Biblioteca João XXIII, dia 01/11/17, Mogi Guaçu - SP.

Olá, amigo (a) internauta!

Esta semana ao (re)mexer nas minhas coisas encontrei um texto meu que havia escrito para um sarau que fiz para um dos meus aniversários. Senti que ele estava dentro da proposta dos saraus da superação que tenho feito. Então, decidi reescrevê-lo e postá-lo aqui.

Ainda, pensei nele como uma espécie de "esquenta" para o II Sarau da Superação que acontecerá na Biblioteca João XXIII na cidade de Mogi Guaçu, dia 01/11/17, às 14 h. 

Gratidão e boa leitura.


Carlos Pinheiro


Gratidão

Nos últimos tempos, gratidão foi uma das palavras que mais ganhou significado em minha vida. E isso aconteceu por intermédio da dor. De repente, tive que puxar o freio de mão, me render, refletir e reforjar Excalibur.

No passado eu entendia que gratidão era uma forma educada de agradecer alguém ou por um favor recebido ou por ter sido presenteado num aniversário qualquer. Ou quando alguém me oferecia para passar na frente na fila do caixa do mercado por eu ter poucos itens na minha na mão.

Hoje entendo que ela também é de suma importância na minha espiritualidade. Os motivos estavam debaixo do meu nariz e bastava um pouco de paciência para enxergá-los. E que a Vida, apesar de tudo, tem sido generosa comigo.

Um deles foi à morte repentina do meu velho amigo, o Zé. Ironia do destino ou não a sua partida aconteceu na semana em que ele realizaria o seu sonho de juventude: o de fazer a cirurgia na bacia que lhe permitiria andar sem mancar. De súbito, numa manhã qualquer sua mãe o encontrou gelado na cama. 

Enquanto que na minha situação da descoberta até a cirurgia estomacal, propriamente dita, durou menos de seis meses.

Outro ponto foi o de reconhecer que todos os momentos da Vida são preciosos e únicos. Não tenho que ficar preso na crença de que um dia lá no futuro, numa linha de chegada qualquer encontrarei o tal “pote de ouro” que vai remover todos os ferimentos e dores da minha árdua caminhadura etc, etc e tal.

Também me lembrei da minha tia materna a Jacira que teve a perna amputada em 2015 e faleceu no início deste. Acho que pela primeira vez poderei dizer algo verdadeiro sobre o que penso sobre a situação dela: agradecer e aquietar.

Constato que já passei tantas coisas na minha Vida e passarei muito mais. E tudo isso fará com que eu conheça mais profundamente o verdadeiro sentido da Gratidão.

Outra coisa que me vem à mente é sobre o sarau dos meus 45 anos (este evento aconteceu em 2015), que ele também é uma forma de praticar a gratidão.  E, por isso, ele merece todo o meu apoio e dedicação.

Sinto que a gratidão tem me pacificado e me orientado nas encruzilhadas. Agora sigo renovado e motivado retomo de forma amorosa a minha “santa guerra”, portando ou uma Excalibur reforjada ou uma espada superior.

Por último, gratidão por você fazer parte da minha vida.


Carlos Pinheiro




segunda-feira, 2 de outubro de 2017

II Sarau da Superação - 01/11/17 - Mogi Guaçu - SP

Olá, amigo (a) internauta!


Para comemorar 05 anos livre de um tumor estomacal decidi praticar novamente a gratidão por meio do II Sarau da Superação.

Ele será um mais momento para trabalharmos  poeticamente nossos, nossos sentimentos, nossos medos, nossos problemas e nossas emoções humanas diante dos desafios da vida.

Local: Biblioteca Municipal João XXIII – Centro Cultural. Mogi Guaçu, São Paulo.

Endereço: Avenida dos Trabalhadores, 2.651.

Data: 01/11/17.

Horário: a partir das 14h.


Traga seus poemas, ou qualquer outra forma de expressão artística e cultural que você pratique.




Gratidão por espalhar este convite também em suas redes sociais, assim como demais redes de difusão.


Carlos Pinheiro.

www.facebook.com/bibliotecamogiguacu